sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Abajur Lilás no Diário do Nordeste

Vida "bandida"

Matéria de Ana Maria Soares

Grupo Imagens de Teatro estréia amanhã, no TJA, a peça "O Abajur Lilás", de Plínio Marcos.

A companhia homenageia os 40 anos da montagem e os 10 anos de morte do dramaturgo brasileiro Dilma, Célia e Leninha, três mulheres marcadas por um drama em comum, ladrilhado de néon, gritos de dor, lantejoulas douradas, gargalhadas vagas e lágrimas sufocadas...Crias das "quebradas do mundaréu, lá onde o vento encosta o lixo e as pragas botam os ovos, nos atalhos esquisitos, estreitos e escamosos", elas carregam dentro de si o peso de uma existência vazia de sonhos e cores.

Pela penumbra da noite, tragadas pelo cheiro da cachaça misturado ao perfume barato e o suor que emanam de seus poros, as três disfarçam seus sofrimentos através de uma alegria fingida, mediada a goles de cerveja.

Dilma, Célia e Leninha são personagens que fazem parte de "O Abajur Lilás", texto escrito em 1969, por Plínio Marcos. Mas, antes de ficção, elas representam a triste realidade de inúmeras mulheres privadas de dignidade e respeito pela sociedade, que vivem, diariamente, sob situações desumanas. Seres de PlínioHá oito anos trabalhando com a linha do "teatro maldito", o Grupo Imagens tem como lema: "incomodar é mexer com que está quieto! Abrir a ferida".

Com isso, o universo denso e a vulnerabilidade dos seres de Plínio Marcos, não tardou a contagiá-los. A admiração é tamanha, que, para lembrar os 10 anos da morte do dramaturgo e os 40 anos do texto "O Abajur Lilás", o grupo leva o texto aos palcos amanhã, , às 19h30, no Teatro José de Alencar (Sala Nadir Papy Sabóia).

É o primeiro espetáculo do projeto "Trilogia do Maldito", que contará com as montagens "Barrela" e "Navalha na Carne"."O Abajur Lilás" conta a tragédia de três prostitutas, torturadas pelo cafetão que deseja descobrir o responsável pela quebra do abajur lilás de seu quarto. Em tom seco e com enfoque naturalista, o espetáculo pretende levar o público á crueza de uma realidade, da qual os ditos "cidadãos de bem", insistem em fazer vistas grossas. No elenco, Kátia Kamila, Adriana Pimentel, Mara Carvalho, Gilson Tenório, Beto Menêis e Fábio Frota.

"Isso tudo que construirmos no espetáculo denominamos como um `soco no estômago` da sociedade, acreditamos que o teatro vem para incomodar e questionar, queremos também que as pessoas saiam do espetáculo pensando em toda a violência sofrida pelas as mulheres, no abandono e acima de tudo na tortura que existem ainda hoje, mesmo que seja de outras formas", explica Edson Cândido, diretor de "O Abajur Lilás".

Mais informações:"O Abajur Lilás", de Plínio Marcos - espetáculo do Grupo Imagens. Aos sábados e domingos, às 19h30, no Theatro José de Alencar (Sala Nadir Papy Sabóia). Censura 18 anos. Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (a meia). Contatos: 8834.1071

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=658404

quinta-feira, 16 de julho de 2009

terça-feira, 14 de julho de 2009

Em Breve

O Grupo Imagens de Teatro estréia “ O Abajur Lilás” 1º em agosto as 19:30, a temporada estende-se todos sábados e domingos, no mesmo horário, no Teatro José de Alencar (Sala Nadir Papy Saboia).

A peça conta o drama de três prostitutas torturadas pelo cafetão que quer descobrir quem quebrou o abajur lilás do seu quarto. A trama que incluem da tortura ao assassinato, foi escrita há mais de 30 anos, transcende o momento, a circunstância e infelizmente, resiste ao tempo, demonstrando a extrema atualidade de seu contexto.

Ação dramática, humana e de alta significância, o Abajur Lilás joga atores e público no olho do furacão, levando às entranhas do submundo que preferem ignorar existir, fazendo-os cúmplices privilegiados do mundo de Plínio Marcos, esse universo denso e marginal invade os palcos do teatro cearense.

O elenco é composto por Kátia Kamila, Adriana Pimentel, Mara Carvalho, Gilson Tenório, Beto Menêis e Fábio Frota, com direção de Edson Cândido.

O Grupo mergulhou em uma pesquisa profunda, tanto da obra como do universo que o autor Plínio Marcos traz para o seu texto, através de análises sobre a vida e obra do autor e contextualização histórica, prosseguindo com pesquisa de campo, palestras, seminários, oficinas, filmes e vivência em entidades, enriquecido por laboratórios onde os atores visitaram cinemas pornôs, casas de prostituição, saunas, bares e praças, locais onde os personagens retratados na peça viveriam. Esse é o princípio que torna a obra de Plínio Marcos tão contemporânea, pois podemos encontrar esses personagens em cada esquina de Fortaleza. Como em toda obra do autor," O Abajur Lilás" expõe a alma humana.

O ambiente é um bordel de quinta categoria, tendo à frente um bar, salpicado de luzes vermelhas. Há música de cabaré, cantada ao vivo. Ao fundo, o quarto na penumbra, onde ocorrem os programas e as tramas.

O público, logo ao entrar terá o contato direto e real com o elenco, pois a platéia será composta por mesas e cadeiras, como em um bar, onde posteriormente será servida uma “branquinha”. O universo abordado é o que sempre determina o espaço cênico e não há qualquer distância entre personagens e espectadores.

”Se minhas peças são atuais, o mérito não é meu. A culpa é do país que não se alterou.” (Plínio Marcos)

Local: Teatro Jose de Alencar (Anexo: Sala Nadir Papy Sabóia)
Horário: 19:30
Sábados e Domingos de Agosto
Informações: (85) 88341071 Edson Cândido

Atenciosamente,

Adriana Pimentel (85) 87591061

Edson Cândido (85) 88341071

Renata Cavalcante (85) 87734978

Blog:
www.grupoimagensdeteatro.blogspot.com